No Shopping Leblon |
Tudo tem uma razão: Ora aqui no Brasil é difícil conceber a ideia de Natal que um português sempre teve, isto é, com as rabanadas típicas ou os sonhos de abóbora, com aquele frio e chuva que acompanham os dias mais pequenos e cinzentos, com o cachecol e o gorro de lã, com o cheirinho do pinheiro em casa, com a lareira acesa e com o presépio e as luzinhas que enfeitam as cidades.
Tirando a famosa árvore gigante que irá ser inaugurada este sábado no meio da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro não há luzinhas a enfeitar as ruas, não há rabanadas, não há presépios, não há pinheiros, andamos de chinelos e semi-nus pois estão 30 graus e um sol de cegar qualquer um que saia à rua sem óculos escuros. Acham que o cenário combina com o Natal?
Árvore na Lagoa o ano passado |
Não pensem que me queixo, nada disso, gosto mais do calor do que do frio. Mas confesso que o Natal aqui não tem piada. Este seria o segundo que aqui passaria não tivesse já o bilhete comprado rumo ao meu querido Portugal, às doces rabanadas e à impagável reunião familiar na consoada coroada com um belíssimo bacalhau. Não me apetece dar nem receber prendas, este Natal só quero estar com quem me ama e com quem amo, de volta ao aconchego do ninho.
Feliz Natal a todos!